Ozires Silva

Ozires Silva foi a mente por trás de um projeto que dividiu as barreiras entre a modernidade e o mundo antigo, marcando o início da aeronáutica no Brasil. Cofundador e principal executivo da Embraer durante vários anos, Ozires Silva estabeleceu sua importância no crescimento de um dos maiores impérios da aviação em escala internacional.

Em 1950 o Governo Brasileiro inaugurou o ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), com o objetivo de formar engenheiros que pudessem atuar na área da aeronáutica, ainda não muito desenvolvida no país. Em 1959 ingressou no instituto um jovem chamado Ozires Silva, nascido em Bauru, interior de São Paulo. Logo aos 12 anos de idade, Ozires e Zico, um de seus amigos participaram de uma aula de aeromodelismo, evento esse que contribuiu para o surgimento de seu interesse pela aviação desde muito cedo. Os dois amigos sonhavam em dominar os céus, e mal sabia Ozires que ele um dia incorporaria essa mesma visão.

Em 1962, Ozires, já oficial aviador e engenheiro aeronáutico, liderou a equipe que trabalhou no desenvolvimento de um projeto de aeronave, o Bandeirante, que teve o primeiro voo bem-sucedido em 1968 em São José dos Campos. Esse primeiro voo é também o início da história de sucesso de Ozires, marcando o momento que traria a criação da Embraer, uma das maiores empresas do Brasil.

“Aquela decolagem, não escapa da minha cabeça, nem um instante (...) uma decolagem de um sonho”.

A aceitação foi tão grande que logo se fez necessário a criação de uma fábrica para a produção desse modelo de avião. Marcava-se o início da Embraer.

Com a intenção de renovar no mercado da aviação regional, Ozires, junto com sua equipe, buscavam alcançar a fabricação em série do Bandeirante. Ozires Silva negociou com o governo a criação de uma companhia de capital misto, com capitalização inicial do Estado após diversas tentativas falhas de arrecadação de capital no setor privado.

A criação da Embraer tornou-se oficial em 1969, iniciando suas atividades em janeiro de 1970. Ao longo da década de 70, o Bandeirante atingiu sucesso internacional, e a Embraer começava projetos no setor agrícola e da aviação comercial e executiva, e o resto é história.

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