Alexandre Tadeu de Costa

Partindo do ZERO

A história da Cacau Show começa em 1988, quando um jovem de 17 anos, Alexandre Tadeu da Costa, decide vender chocolates. De uma pequena ideia surgiu uma das maiores franquias brasileiras atualmente, referência no mercado de chocolates e doces tanto nacional quanto internacionalmente. Alexandre começou cedo, com poucos recursos, assim como muitos empreendedores atualmente, mas se transformou com muita motivação e força de vontade no que é hoje.

Filho de um pai tecelão e de uma mãe revendedora de produtos de beleza, desde cedo Alexandre se viu imerso no mundo do empreendedorismo. Ainda criança, acompanhava a mãe, que montava catálogos de cosméticos com a ajuda da família e dos filhos, incluindo Alexandre.

Quando Alexandre tinha 14 anos, sua mãe começou a vender chocolate, montando catálogos de bombons recheados com licor. Ele era responsável por embalar tudo, fazer encomendas no fabricante e receber os pedidos das revendedoras. O negócio começava a crescer, até um momento em que a demanda já não podia ser suportada pela família, o que levou sua mãe para-lo.

“A pior coisa que tem é você vender algo para o cliente, não entregar”

Do erro ao sucesso

Em 1988 Alexandre decidiu vender chocolates novamente, reconhecendo a oportunidade de vender chocolates em uma época em que a oferta ainda não era grande. Utilizando do fracasso anterior como motivação, retomou o negócio da mãe, retomada que daria origem à Cacau Show.

Aproveitando a Páscoa para ganhar um pouco de dinheiro, ele aceitou a encomenda de uma empresa que desejava presentear os seus funcionários, devendo ser produzidos 2.000 ovos de 50 gramas cada. Para isso, Alexandre entrou em contato com um fabricante que produziria os ovos.

Entretanto, foi nesse momento que ele encontrou o primeiro obstáculo em seu caminho: o fabricante só poderia produzir chocolates de pelo menos 100 gramas cada. Mas Alexandre não deixaria isso atrapalhar os seus objetivos, com um empréstimo de um de seus tios, contratou uma senhora que produzia chocolate caseiro para ajudá-lo, os materiais necessários, e os dois fabricaram os 2.000 chocolates após 3 dias de trabalho intenso em sua casa.

O primeiro sucesso veio com a entrega desse mesmo pedido, e marcaria o início de uma ascensão ao sucesso. Alexandre utilizou o lucro dessa transação para pagar a dívida que tinha com seu tio, e ainda sobraram 500 dólares, que serviram de capital inicial da Cacau Show.

A chegada ao pódium

Alexandre estabeleceu em uma sala da empresa dos pais o seu primeiro espaço, as vendas eram realizadas em supermercados, padarias e por representantes de vendas. Apenas em 2001 foi aberta a primeira loja da marca, na cidade de Piracicaba, no interior de São Paulo. O modelo teve um recebimento tão bom pelo público que logo começaram a aparecer propostas de criação de franquias da Cacau Show.

A partir desse momento o crescimento da Cacau Show não viu limites, atingindo 18 pontos de venda já no ano seguinte, em 2002. As operações foram padronizadas, o que permitiu que o negócio se expandisse facilmente.

Com o tempo a Cacau Show foi se tornando a maior rede de chocolates finos do Brasil, superando a norte-americana Rocky Mountain em 2008. Em 2010 atingiu as 1.000 lojas, mesmo ano em que Alexandre lançou uma autobiografia contando sua trajetória, com título: “Uma trufa e... 1000 lojas depois”.

Atualmente a rede conta com 4,2 mil pontos de venda, sendo a maior franquia do país em número de unidades.

Conclusão

A história de Alexandre teve início no mesmo lugar que muitos empreendedores atualmente: do zero. Se trata de uma jornada de superação, partindo de uma realidade comum a muitos, um ensinamento de força de vontade e de esforço. As possibilidades, segundo demonstra Alexandre, são infinitas. Mais que uma empresa, a Cacau Show é a incorporação do trabalho árduo de um jovem de 17 anos, que transformou o cenário do empreendedorismo no Brasil com sua visão, resultado de uma trajetória marcada de desafios e obstáculos constantes que levaram ao sucesso.

E o segredo para essa receita?

“É preciso gostar do que se faz, e, já que gosta, faça isso muito bem-feito.”

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