Geraldo Rufino

O começo de tudo

Se coloque na situação: Você tem nove anos e acabou de perder sua mãe, está trabalhando no lixão para conseguir sustentar sua casa e perde todas as suas economias que trabalhou duro para conseguir... pesado, né? Pois esse foi o começo da “infância normal” que Geraldo Rufino enfrentou, e, por mais desafiador que tenha sido, o início de sua jornada empreendedora.

Mas isso nunca foi um problema para Geraldo, para ele o lixo sempre foi um gerador de oportunidades e, desde cedo, o empreendedor soube aproveitá-las muito bem. Geraldo não deixou que a sua perda o abalasse e, logo ele e seus irmãos passaram a empreender de todas as formas possíveis, conforme a criatividade surgia. Eles montaram um campinho de futebol e cobravam para quem quisesse jogar, foram vender limão na feira e até montaram carrinhos e os alugavam para outros meninos trabalharem como carregadores em feiras.

“É possível para quem quiser, eu queria muito, então era fácil”

Nessa época ele adquiriu muita experiência e descobriu que a chave para vender qualquer coisa é a felicidade. Geraldo era feliz porque gostava do que fazia e transmitia essa felicidade a cada pessoa que passava por ele. É a gratidão por estar onde ele estava apesar de todas as adversidades, a felicidade que ele tinha ao empreender, ajudar à sua família e ao próximo o que fazia com que ele vendesse.

Geraldo Rufino continuou empreendendo com seus negócios, até que outro contratempo surgiu, seu pai estava sem dinheiro e, para salvar ele, Geraldo e seus irmãos usaram tudo que tinham, essa foi a segunda vez que eles quebraram.

Rufino se reergueu e aos treze foi trabalhar como office boy, fazendo pequenos serviços em uma multinacional. Já estava com uma condição financeira melhor e pôde comprar uma Kombi para que um dos seus irmãos pudesse ganhar dinheiro fazendo carretos. Aos poucos, os irmãos compraram mais carros e caminhões, foram aumentando a frota e vendo os seus investimentos gerarem resultado. Um dia eles saíram com os veículos e um deles travou, causando colisão em todos os caminhões. Foi nesse momento que Geraldo enxergou o acidente como uma oportunidade de reciclar peças de caminhões, e a partir dessa ideia que surgiu a JR Diesel.

“Se tiver uma pedra no caminho, ela vai servir de degrau”

Atualmente a JR Diesel é a maior empresa de reciclagem de peças automotivas da América Latina, e Geraldo conta a milhares de pessoas sua jornada de empreendimento, por meio de mentorias, eventos, palestras e livros. De fato, hoje podemos perceber que Geraldo nunca foi um catador de latinhas, mas sim um catador de sonhos.

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